terça-feira, 22 de setembro de 2009

EaD para diminuir custos em empresas.

Bom dia pessoas! Querendo melhorar seus conhecimentos profissionais sem perder tempo e dinheiro? Talvez sua empresa estaja querendo também.

Na maioria das vezes o Ensino a Distância é visto como recurso pessoal de aprendizagem. Mas pensem na seguinte situação: Uma grande empresa, com filiais pelo mundo, que precisa capacitar seus funcionáios para usarem uma nova ferramenta ou um novo serviço, de maneira rápida e barata. Como fazer? EaD!
Por não precisar de espaço físico e nem gastar com deslocamento de consultores e outros... Empresas usam EaD para diminuir custos e, qualificando seus empregados, aumentar a qualidade de seus serviços.
O texto abaixo mostra como deve ser visto o EaD em favor de quem busca agregar valor profissional. Fonte:
http://pcmag.uol.com.br/conteudo.php?id=2631






Para as empresas, as vantagens de custos, de logística, de ganho de tempo e de qualidade têm levado ao uso cada vez maior do EAD para a educação corporativa
e treinamento dos funcionários. É possível reduzir os custos de T&D em gastos com hotéis, alimentação, transporte etc., agilizar o lançamento de novos produtos no mercado, utilizar o produto e/ou serviço de forma mais produtiva, e, ter menor tempo de ausência dos funcionários para fazer cursos.


Além disso, devemos observar que o EAD não está mais restrito a cursos. Deve ser visto também como uma ferramenta que agrega valor e que pode ser parte integrante da capacitação dos negócios da empresa e, não como um instrumento a ser utilizado somente pelo setor de Recursos Humanos.


O projeto de Ensino a Distância utiliza ferramentas e padrões para estar de acordo com o que o mercado utiliza e exige. Alguns casos ilustram bem as vantagens. Por exemplo, os bancos têm alcançado uma economia de mais de R$ 150 milhões em viagens para treinamento nas filiais e, empresas que necessitaram realizar o lançamento de novos produtos e serviços, treinaram sua equipe de vendas por meio da metodologia de educação à distância em curtíssimo prazo para poder oferecer o produto, ressaltando as qualidades, as funções e a forma de funcionamento do novo
produto, economizando em tempo e recursos.


Ou seja, ao pensarmos em EAD temos que levar em conta sempre a interoperabilidade, a acessibilidade e a reutilização do conteúdo. Se a instituição tem como meta usufruir das vantagens do ensino a distância seja como fornecedor de conteúdo ou usuário do serviço, a questão sempre a ser observada é se o modelo funciona para ampliar o conhecimento dos usuários e se há melhoria na qualidade do trabalho, do estudo ou da vida de cada um envolvido no processo de aprendizagem proposto pelo ensino a distância.


No fim das contas, o que está em jogo é se o EAD facilita ou não a vida de quem usa o serviço. Nós apostamos que sim.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Definição coletiva de EaD

Eu considero a Wikipédia um recurso da internet de trás o que o as pessoas ao redor do mundo pensam e classificam. Sendo assim, não é um recurso ciêntífico, porém retrata a realidade coletiva. Ou seja, a definição dada por pessoas ao redor do mundo sobre EaD é:

Educação a distância (EaD, também chamada de teleducação) é a modalidade de ensino que permite que o aprendiz não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem, assim como, permite também que faça seu auto estudo em tempo distinto. Diz respeito também à separação temporal ou espacial entre o professor e o aprendiz.
A EaD deve ser vista como possibilidade de inserção social, propagação do conhecimento individual e coletivo, e como tal pode ajudar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É nesta direção que a Universidade vê a possibilidade de formar cidadãos conscientes de seu papel sócio político, ainda que vivam em regiões onde a oportunidade de ensino de qualidade seja remota ou que a vida contemporânea reduza a disponibilidade para investir nos estudos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia

EaD hoje, no Brasil

Matéria recente sobre EAD no Brasil. Fonte: http://www.andifes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1992&Itemid=104

Estudo analisou estudantes com o mesmo perfil dos 2 tipos de
curso; não houve diferença na nota do Enade
Alunos que cursaram educação a
distância tiraram as mesmas notas no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(Enade) quando comparados aos que fizeram cursos de ensino superior presenciais.
Ainda visto com desconfiança por alguns sob o argumento de que a qualidade seria
comprometida, o ensino a distância é um dos que mais crescem no País, chegando a
cerca de 760 mil alunos matriculados na graduação.
A discordância com
relação à criação de um curso não presencial foi uma das razões da greve na
Universidade de São Paulo (USP), que terminou neste mês. O curso foi adiado.
Um estudo analisou pela primeira vez formandos com características
semelhantes - idade, renda, estado civil, se trabalha ou não, se estuda em
instituição pública ou não - das duas modalidades de ensino.
A pesquisa,
feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), do
Ministério da Educação (MEC), é considerada importante por especialistas por
causa da comparação entre alunos com o mesmo perfil, já que as variáveis podem
interferir no desempenho. Estudo anterior do próprio Inep havia apenas analisado
médias gerais dos dois grupos.
"O perfil de alunos de educação a distância,
em geral, é diferente do presencial. Eles são mais velhos, trabalham", diz um
dos autores do estudo Thiago Leitão. O ensino é feito por meio de tecnologias de
informação e comunicação, principalmente a internet. As provas devem ser
presenciais e há encontros periódicos com professores. As bases legais para a
educação a distância estão na Lei de Diretrizes e Bases, de 1996.
O estudo
analisou os únicos quatro cursos a distância em que a quantidade de formandos
pode ser comparada às suas versões presenciais: Administração, Matemática,
Pedagogia e Serviço Social. Juntos, tinham 288 mil alunos em 2007, 78% do total
de alunos naquele ano - ainda não há dados por curso de 2008. Foram usadas notas
do Enade (exame que substituiu o Provão) de 2005, 2006 e 2007. Os resultados da
prova de 2008 ainda não saíram.
Os técnicos do Inep compararam primeiro as
notas médias no Enade de todos os alunos dos dois grupos. Os estudantes de
educação a distância tiveram, em geral, 6,7 pontos a mais do que os de cursos
presenciais. Na análise de alunos com o mesmo perfil, a diferença na nota foi de
0,23 (a favor da presencial), considerado estatisticamente igual a zero.
Relatório do Departamento de Educação dos Estados Unidos, divulgado em
junho, indica que alunos de educação a distância se saem melhor ou igual aos
demais. Uma das conclusões é de que jovens dedicam mais tempo a atividades
online do que a tarefas presenciais.
"São modelos diferentes de ensino que
se aplicam a pessoas diferentes, mas dão o mesmo resultado em qualidade", diz o
secretário de Educação a Distâncias do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky. Para
ele, quem ainda desconfia disso tem "um pensamento atrasado". O MEC criou em
2005 a Universidade Aberta do Brasil (UAB), consórcio com cursos em 76
instituições públicas e 140 mil alunos.
Em São Paulo, o governo tenta
implementar sistema semelhante por meio da Universidade Virtual do Estado de São
Paulo (Univesp). O primeiro convênio, de um curso de Pedagogia oferecido pela
Universidade Estadual Paulista (Unesp), será assinado em agosto. O curso da USP,
de Licenciatura em Ciências, está pronto, mas divergências entre o governo e a
universidade impediram o fechamento do contrato.
Segundo o responsável pelo
curso na USP, José Cipolla Neto, o governo queria se apropriar do curso. "Eles
querem o material para eles, querem usá-lo em outro contexto, fora da USP. O
curso não é do governo, é da universidade." Para ele, o governo deveria apenas
financiar o projeto, no valor de R$ 12 milhões. A USP agora terá de bancar o
curso, o que deve atrasá-lo para 2011. A confusão ocorreu antes dos grevistas
contestarem a educação a distância, com o argumento de que baixaria a qualidade
da graduação.
O secretário de Ensino Superior do Estado, Carlos Vogt,
responsável pelo projeto, nega essa intromissão e acredita que a pesquisa do
Inep pode ajudar a acabar com esse preconceito.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL: lições da história

Fala, pessoal!
Nesse primeiro post, coloco um texto muito interessante que pontua alguns fatos históricos que influenciaram a EAD no Brasil. Também coloquei uma breve conclusão que está no texto original. O nome da autora é: Terezinha Saraiva. Ela é consultora do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) do Rio de Janeiro. Participou da elaboração do Programa de EAD e do Projeto Logos, desenvolvidos por essa instituição. Caso queiram encontrar o texto completo: http://www.publicacoes.inep.gov.br/detalhes.asp?pub=21

Sua evolução histórica, no Brasil como no mundo, é marcada pelo surgimento e disseminação dos meios de comunicação. Vivemos a etapa do ensino por correspondência; passamos pela transmissão radiofônica e, depois, televisiva; utilizamos a informática até os atuais processos de utilização conjugada de meios – a telemática e a multimídia.
A utilização de novas tecnologias propicia a ampliação e a diversificação dos programas, permitindo a interação quase presencial entre professores e alunos. Mas seja qual for a tecnologia adotada, a EAD terá que ter, sempre, uma finalidade educativa.
Considera-se como marco inicial a criação, por Roquete-Pinto, entre 1922 e 1925, da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro e de um plano sistemático de utilização educacional da radiodifusão como forma de ampliar o acesso à educação.
Algumas ações foram desenvolvidas ministrando aulas pelo rádio. A partir da década de 60 é que se encontram registros, alguns sem avaliação, de programas de EAD. Foi criado, inclusive, na estrutura do Ministério da Educação e Cultura, o Programa Nacional de Teleducação (Prontel), a quem competia coordenar e apoiar a teleducação no Brasil. Este órgão foi substituído, anos depois, pela Secretaria de Aplicação Tecnológica (Seat), que foi extinta.
Em 1992 foi criada a Coordenadoria Nacional de Educação a Distância na estrutura do MEC e, a partir de 1995, a Secretaria de Educação a Distância. Entre muitos projetos, alguns lamentavelmente sem registro, selecionei alguns que pontuam a trajetória da teleducação no Brasil:
- A Marinha utiliza ensino por correspondência desde 1939.
- O Exército oferece cursos por correspondência, para preparação de oficiais para admissão à Escola de Comando do Estado Maior, e o Centro de Estudos de Pessoal (CEP) desenvolve cursos de atualização, utilizando material impresso e, alguns, multimídia.
- O Instituto Universal Brasileiro, sediado em São Paulo com filiais no Rio de Janeiro e Brasília, como entidade de ensino livre, oferece cursos por correspondência. Foi fundado em outubro de 1941 e pode ser considerado como um dos primeiros em nosso país.
- O Informações Objetivas Publicações Jurídicas (IOB), com sede em São Paulo, desenvolve em todo o país, através do ensino por correspondência, desde a década de 70, um programa destinado a pessoas que estão na força de trabalho, com predominância em ocupações da área terciária e de serviços.
- O Projeto Minerva, transmitido pela Rádio MEC, com apoio de material impresso, permitiu a milhares de pessoas realizarem seus estudos básicos.
- O Sistema Avançado de Comunicações Interdisciplinares (Projeto Saci) foi concebido e operacionalizado, em caráter experimental, de 1967 a 1974, por iniciativa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Tinha como objetivo estabelecer um sistema nacional de teleducação com o uso do satélite.
O Experimento Educacional do Rio Grande do Norte (Exern) constituía-se de dois projetos: um destinado a alunos das três primeiras séries do ensino fundamental e o outro direcionado para o treinamento de professores. Utilizavam rádio e/ou televisão. Outro produto importante derivado do Saci foi a implementação de um curso de mestrado em Tecnologia Educacional. O objetivo maior do Projeto Saci – um satélite doméstico para uso educacional – foi abandonado. Em sua primeira versão, de 1968, o projeto discutia as vantagens de um satélite de alta potência que alocaria três canais de TV para fins educativos. Isto permitiria atingir escolas em todo o país, com programas de rádio e televisão e material impresso. A programação seria voltada para as quatro primeiras séries do ensino primário e para a habilitação de leigos. Além da idéia de usar rádio e televisão através do satélite, o projeto oferecia a utilização de mecanismos constantes de feedback dos alunos, através de textos de instrução programada e um sistema de correção de testes por computador. O projeto propunha-se desenvolver um experimento de utilização ampla dos meios de comunicação de massa para fins educativos.
- Várias rádios e televisões universitárias têm produzido e veiculado programas educativos.
- A Fundação Roberto Marinho (FRM) vem desenvolvendo vários programas. Inicialmente, o Telecurso do 2º Grau e o Supletivo do 1º Grau (televisão e material impresso adquirido em bancas de jornal) prepararam milhares de alunos para os exames supletivos. Os programas eram transmitidos em recepção livre. Nos últimos anos, a FRM produziu várias séries educativas. Menino, quem foi teu mestre?, Educação para o trânsito e Educação para a saúde são alguns exemplos. Esses programas foram transmitidos pela TV Globo e pela TVE, Canal 2, do Rio de Janeiro, o que permitiu que integrassem a rede de programação de várias emissoras brasileiras de televisão educativa. Ultimamente, a FRM concebeu e produziu a série Telecurso 2000, para 1º e 2º graus, em convênio com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Senai e Sesi de São Paulo. Esta série, além da parte de educação geral, oferece cursos profissionalizantes. O primeiro curso oferecido foi o de Mecânica.
O Telecurso 2000 é composto de 1.140 programas televisivos. Como apoio às atividades de estudo individual ou em grupo, os alunos têm à sua disposição, nas bancas de jornais e revistas, os livros das disciplinas de 1º e 2º graus e do curso de Mecânica. Outros cursos profissionalizantes serão produzidos pela FRM. Tal como foi idealizado, o Telecurso 2000 pode ser acompanhado individualmente, com o auxílio dos programas de televisão e dos livros, ou em recepção organizada em telessalas, onde grupos de alunos se reúnem para assistir às aulas pela televisão ou com auxílio do videocassete, com o apoio de orientadores de aprendizagem. Os departamentos regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Nacional da Indústria (Sesi), os sindicatos, as empresas e associações comunitárias estão participando da fase de utilização, cedendo espaço para a organização das telessalas.
O Telecurso 2000 está atendendo a milhares de jovens e adultos.A FRM desenvolve ainda um projeto com as Secretarias de Educação para formação de videotecas, com apoio da Fundação Banco do Brasil.
- O Centro Educacional de Niterói iniciou suas atividades utilizando a EAD em 1979. Oferece vários cursos, utilizando módulos instrucionais com tutoria e momentos presenciais, através de convênios com Secretarias de Educação e empresas. Em 1995, atendeu cerca de 20 mil pessoas, abrangendo: cursos de 1º e 2º graus, para jovens e adultos; qualificação de técnicos em transações imobiliárias; o Projeto Crescer, de complementação pedagógica e atualização de professores do 1º grau. Outros cursos nas áreas de secretariado, contabilidade e da segurança de trabalho estão sendo produzidos.
(...)

Na passagem para o terceiro milênio, que abre o pano com o século XXI, o mundo está presenciando uma demanda sem precedentes por educação inicial e continuada, que, ao mesmo tempo, fascina e desafia os sistemas educacionais. Nesse cenário, a EAD desponta como modalidade do futuro, provavelmente vivendo novas etapas, com ênfase na integração de meios, em busca da melhor e maior interatividade.
As tecnologias da informação aplicadas à EAD proporcionam maior flexibilidade e acessibilidade à oferta educativa, fazendo-as avançar na direção de redes de distribuição de conhecimentos e de métodos de aprendizagem inovadores, revolucionando conceitos tradicionais e contribuindo para a criação dos sistemas educacionais do futuro. Serão alcançados, em escala e com qualidade, novas gerações de estudantes e os jovens e adultos trabalhadores, em seus domicílios e locais de trabalho, beneficiando todos quantos precisam combinar trabalho e estudo ao longo de suas vidas.
Nesse contexto, um grande esforço cooperativo se fará necessário para abolir todas as barreiras ao acesso às oportunidades de educação e trabalho. É paradoxal, mas a EAD tenderá a abolir as distâncias educacionais, pois a conjugação das conquistas das tecnologias de informação e telecomunicação com as da pedagogia permitirá à humanidade construir a escola sem fronteiras. Este sistema já vem sendo progressivamente configurado, à medida que as tecnologias apoiam a EAD, tornando disponíveis novas e ampliadas oportunidades de acesso à educação, à cultura, ao desenvolvimento profissional e pessoal.
Desde a década de 20, o Brasil vem construindo sua história de EAD. A partir da década de 70 ampliou-se a oferta de programas de teleducação e, no final do século, estamos assistindo ao consenso de que um país com a dimensão e as características do nosso tem que romper as amarras do sistema convencional de ensino e buscar formas alternativas para garantir que a educação inicial e continuada seja direito de todos.
Seguramente, a EAD é uma das alternativas. Novos programas serão concebidos. Novas tecnologias serão utilizadas. Novos resultados serão alcançados, enriquecendo a história da EAD no Brasil, que este artigo tentou registrar.